A Galeria dos Mapas dos Museus Vaticanos

A Galeria dos Mapas ou Cartas Geográficas dos Museus Vaticanos


A Galeria dos Mapas ou Cartas Geográficas dos Museus Vaticanos é um dos lugares mais fascinantes para o visitante, seja do ponto de vista da qualidade dos afrescos e decorações em gesso, que do ponto de vista do conhecimento exato do território no século XVI, do que hoje chamamos Itália.

A Galeria dos Mapas dos Museus Vaticanos

Seu comprimento é pouco mais de 100m e sua largura, 6m, ambiente que nos envolve completamente em suas tonalidades de azuis e verdes, sua decoração em gesso do teto. O que parece ser um conjunto de afrescos inocentes tem, como sempre aqui na Itália, um plano preciso de uma declaração de unidade do futuro território italiano no século XVI – e quem nos diz isso é Antonio Paolucci, um dos historiadores da arte mais apaixonados pela Galeria dos Mapas, que é ex-diretor dos Museus Vaticanos.
 A Galeria dos Mapas dos Museus Vaticanos

Quem está por trás desta grande obra é o papa bolonhês, professor de Direito na Universidade, o humanista erudito Gregório XIII foi cardeal potente durante o Conselho de Trento e força motriz da contra-reforma, mas tão potente que foi eleito papa em apenas um dia de conclave!

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Uma vez eleito papa, reformou o calendário “giuliano” que tinha causado uma discrepância de 11 dias no tempo real e decretou que após o dia 04 de Outubro de 1582 seria dia 15 de Outubro e colocou astrônomos para trabalhar na Torre dos Ventos em prol de um novo e preciso calendário.

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Como todas as mentes muito à frente do seu próprio tempo, suas ideias demoraram para serem aceitas e só no século XVIII a Europa inteira adotou o “calendário gregoriano”; no século XX foi a vez da Rússia aceitá-lo e utilizá-lo após a Revolução de Outubro. Aprendemos aqui que quem mandou realizar a Galeria dos Mapas era um homem apaixonado pela Arte, pela Religião, pela Ciência... e pela Itália.


O resultado da intenção do papa Gregório XIII em representar a costa do Tirreno e do Adriático foi resumido em 40 afrescos ao longo dos 120m de comprimento, com as grandes ilhas da Sardenha e Sicília, as menores Tremiti, Elba, Malta e Corfú, todas em perspectiva de vôo de pássaro e em escalas diferentes uma das outras. O gênio matemático e cosmógrafo que foi o diretor da obra chamava-se Egnácio Danti, também professor da Universidade de Bolonha.

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Curioso o fato que ao entrar nesta galeria você vai ter vontade de caminhar de costas, isto por que as representações do teto estão viradas para o que hoje é a saída da galeria, mas que era a entrada. Dada à quantidade de visitantes nos horários normais (das 09 às 15h), a melhor coisa é caminhar devagar, parar e virar 180° para admirar o teto com seus milagres e fatos da história da igreja de cada região representada.


O grande charme dos Museus Vaticanos é que seus ambientes não nasceram como museus, mas como palácios apostólicos. Para desvendar seus porquês, seus detalhes e segredos, reserve seu passeio aos Museus Vaticanos com uma guia profissional em português. Escreva-nos um email para solicitar um orçamento através do site Guia Brasileira em Roma.

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