A Mansão
de Livia – ad gallinas albas
« (...) Livia Drusilla, que depois do casamento chamou-se Augusta, quando tinha a data fixada do casamento com César, uma águia deixou cair no seu colo, intacta,uma galinha de um branco extraordinário, (...)este fato aconteceu na mansão dos Césares ao longo do rio Tibre, no nono milho da via Flamínia, que por isso ficou conhecida como ad Gallinas.... »
Plinio, Historia Naturalis , XV, 136-137
Roma nível III,
para quem já viu o básico de Roma, algumas partes dos arredores, como ÓstiaAntiga, Villa Adriana, Região dos Lagos e alguns museus além do
Vaticano: você está pronto para ver mais uma curiosidade do mundo
antigo: a discreta “Mansão de Lívia”. Lívia foi a esposa do
primeiro imperador, Augusto, e quando encontraram esta mansão do
campo no século XIX, os arqeueólogos decidiram de chamá-la “de
Livia” pois esta mansão tinha pertencido à sua família (lado
paterno). Trata-se, então, de uma mansão do período republicano e
esta é uma das razões que nos traz à esta zona, a somente a 20km de Roma.
Esta mansão foi mencionada nao somente por Plinio, mas também por Suetônio (Galba 1) e Dião Cássio.
Mansão de Livia, visao geral
Cultivaçao de louros
As indicações nos
textos antigos era muito clara: a mansão tinha sido construida numa
colina perto da marcação do IX milho da Via Flamínia, uma das antigas estradas romanas que levavam ao norte. Hoje em dia
o glamour antigo infelizmente não pode ser percebido, a menos que a
sua guia o traga de volta, descrevendo o que deve ter sido isso na
virada do milênio, isto é quando Augusto e Lívia passavam seu tempo relaxando aqui!
Exemplo de afresco do atrio, com o preto especial
Afrescos dos aposentos dos hospedes
Curiosa a lenda que
deu o sobrenome à mansão “ad gallinas albas”, que conta a
estória de uma galinha branca que teria caído com um ramo de louro
no bico das presas de uma águia, bem no colo da imperatriz.
Imediatamente este fato foi considerado como uma mensagem dos deuses
e foi plantado um “loureto”; a galinha foi criada na
propriedade, dando início à uma criação de galinhas brancas.
Todos os triunfos que Augusto celebrou tiveram uma coroa de louros
que vinham desta propriedade; e no periodo de Nero, conta-se que a cultivaçao secou!
A "natatio"
Nesta mansão
caracterizada pela austeridade (um dos principais valores da política
de Augusto), vemos a parte privada do casal imperial, a parte onde
recebiam hóspedes e até onde os aposentos de eventuais hóspedes.
Veremos o impluvium, a plantação de hervas e temperos (re-plantada
como na antiguidade!), termas, hipocaustos, restos de afrescos e tapetes com
mosaicos (geométricos e figurativos).
Mosaicos com temas geometricos
Mas a maior emoção
é, sem dúvida, ver o famoso semi-hipogeu de onde os restauradores
destacaram os afrescos maravilhosos que estão no último andar do
Palácio Mássimo. Para quem conhece este museu e estes afrescos, vir
a esta Mansao de Lívia nos arredores de Roma é poder atravessar mais uma porta do passado e
viver a emoção da beleza e aromas da antiguidade, a raiz da nossa
sociedade.
O famoso semi-ipogeo com tecidos que lembram os maravilhosos afrescos
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Como chegar:
A Villa di Livia fica no interior do parque da comune de Prima Porta
Via della Villa di Livia, Prima Porta.
Com os meios de transporte público: trenzinho de Roma, a partir do Piazzale Flaminio/ Euclide, Ferrovie Roma Nord, estação Prima Porta; de carro a partir de Roma: Via Flaminia, direção Prima Porta, cemitério.
É aconselhável reservar: +39 06 399 67 700
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