A deliciosa família Galvão encontra o Papa em 2014
No seu primeiro discurso, assim que foi eleito, o papa Francisco afirmou que “vinha de longe”e que tinha chegado para evangelizar. Palavras fortes e surpreendentes que sucitaram imediatamente muitas dúvidas. A primeira delas: como? Como pode uma Igreja que há muito tempo está perdendo fiéis para outras crenças, que parece não acompanhar os tempos, evangelizar uma sociedade? Uma igreja com sérios problemas de clericalismo e de corrupção?
E aí, quinze anos depois do Jubileu e dez anos antes do próximo, papa Francisco anuncia um Ano Santo extraordinário que traz consigo a palavra-chave “misericórdia”, porque “ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus; todo mundo sabe como atingi-la e a igreja é a Casa que recebe todos e não recusa a presença de ninguém. As suas portas estão abertas e quem se sentir tocado pela graça possa encontrar a certeza do perdão. Quanto maior o pecado, maior será o amor que a Igreja demonstrará a quem se converter.” - palavras do papa Francisco, inspirado por uma frase do evangelho de São Lucas: “Sejam misericordiosos como o Pai”. Uma ideia genial?
A maravilhosa cúpola de Michelangelo
Então, o início do próximo ano santo extraordinário será dia 08 de Dezembro de 2015, com a abertura das Portas Santas das Basílicas, que ficam muradas durante o período de 25 anos. O significado da abertura destas portas é ligado à oportunidade de salvação para os fiéis que as atravessarem.
O final do jubileu será dia dia 20 de Novembro de 2016.
O ano santo é, para os católicos, um ano dedicado a Cristo. É um ano de remissão dos pecados, um ano de conversão e de penitência e que tem sua origem em tradições hebraicas: dívidas eram canceladas e famílias que tinham perdido propriedades ou tinham se tornado escravas, obtinham de novo a liberdade.
Atmosfera mágica no interior da basílica de São Pedro
Por curiosidade, o primeiro Ano Santo foi anunciado pelo Papa Bonifácio VIII, e diz a tradição que o pequeno afresco de Giotto na nave da direita da Catedral de São João em Latrão ilustra este fato.
O último jubileu extraordinário tinha sido anunciado pelo Papa João Paulo II em 1983, em comemoração da redenção de Cristo, pelos 1950 anos da ressurreição de Jesus.
O crucifixo de papa Francisco
Dizem que depois do anúncio do ano santo, papa Francisco se ajoelhou e confessou seus pecados.
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